#0 - um rascunho
vamos começar do começo (ou de antes dele)
um, dois, três… testando
que tal começar por um clichê? parece inevitável. aquela história da página em branco que todo mundo já leu incontáveis vezes, com maior ou menor grau de sofisticação literária, a depender do autor. eu mesmo escrevi alguns textos desses (certamente, sem qualidade) nas muitas idas e vindas de blogs e redes sociais.
apesar de ninguém ter perguntado, faço um retrospecto. iniciei minha odisseia no espaço virtual em 2001 (por que choras, kubrick?). não era tudo mato, mas havia uma boa quantidade de lotes vazios e os blogueiros mais famosos (não, eu não era um deles) passavam ao largo dos milhões de reais e de seguidores. naquela época, aliás, media-se o sucesso de alguém pelo número de acessos à página e o engajamento (palavra anacrônica) pela quantidade de comentários nas publicações. tudo feito do computador, como os antigos incas. outros tempos…
em 2004, criei meu blog mais longevo (até aquele momento, eu mudava de endereço como quem trocava de roupa e vestia templates by marina). o título era pouco inspirado, apenas o cotidiano, mas honesto o suficiente para durar três anos (bem mais do que um casamento da gretchen ou do fábio jr) com publicações quase diárias (a qualidade às vezes surpreendia, viu, fátima?). depois, as redes sociais viraram um fenômeno e vieram as responsabilidades da vida adulta, não necessariamente nesta ordem.
segui escrevendo aqui (força de expressão, não aqui na newsletter) e acolá, bissextamente, sem compromisso de publicar nada. só no fim de 2019, decidi voltar aos blogs. a pandemia e um curso de formação do escritor (estou pronto pra publi, puc-rio) contribuíram para uma regularidade maior nos textos, que eu compartilhava também no instagram (tentei engajar, mas o algoritmo não deixou. na verdade, foi porque eu não paguei).


e fez-se a newsletter
tudo isso para dizer que: estou velho, apesar dos últimos sete aniversários de 27 anos não faço a menor ideia de como gerir este novo espaço (socorro, deus). agradaram-me (escrevi bonito agora, hein!) a possibilidade de compartilhar textos com quem estiver disposto a recebê-los (se quiser fazer um pix, estou mais do que pronto) e as vantagens oferecidas pela ferramenta.
e sobre o que serão os textos? se você demorou esse tempo todo para fazer esta pergunta, saiba que vou demorar ainda mais para respondê-la. a verdade é que eu não sei, mas não posso começar uma newsletter assim, tão sem credibilidade. farei suspense até a próxima edição, que vou considerar como sendo a edição de estreia. esta daqui é só um aperitivo, uma degustação, uma provinha, um rascunho.
calma, pessoal! eu sei que as dúvidas são muitas e a ansiedade, maior ainda, mas vou me reservar o direito de ficar em silêncio e não produzir provas contra mim mesmo. em breve, vocês saberão por que esta newsletter se chama tudo bom e nada presta e a periodicidade (palavra bonita e burocrática) desta bagaça aqui.
dúvidas? sugestões? aceito.
pix? aceito mais ainda!
enquanto eu não volto…
você pode aproveitar algumas newsletters que me inspiram e que eu adoro ler:
vai sem tempo mesmo, de viviane da costa
mais livros menos telas, de elizabeth sucupira
respondendo em voz alta, de laurinha lero
até mais! beba com moderação.






Pedro, querido, a nostalgia que deu agora lendo o seu post! Que saudade do AOC! Sucesso na newsletter! Conte com a minha leitura, amigo. ❤️
bem-vindo a essa loucurinha aqui, acho que você vai gostar (depois de passar algumas raivas)! amei aparecer nesta edição que já nasceu icônica, e estou ansiosa pra próxima. se me o seu humor inteligente estiver sempre por aqui, já sei que serei fã!