se eu tivesse de dar um único conselho a qualquer pessoa, diria: crie codornas, e não expectativas. não faço a menor ideia de como iniciar uma criação do tipo, mas a quantidade de informações disponíveis na internet deve ser farta. assistir ao globo rural também pode ajudar bastante (eles são sempre certeiros e didáticos nas explicações).
já as expectativas são um tema bem complexo e certamente fazem muito mais sujeira, porque – perdoe-me a franqueza e a falta de polidez – a expectativa é a mãe da merda. dito de forma menos grosseira, são a base da frustração. contar com o ovo que a galinha (ou a codorna) ainda não botou é um erro ao qual nos entregamos com alguma frequência, na esperança de que tudo vai dar certo. nem sempre dá, sabemos.
não importa qual seja, a expectativa é um ato de fé. quando não controlamos as circunstâncias, depositamos nossa crença em um resultado esperado. reza quem é de rezar, mas eu evitaria sobrecarregar deus ou seus intermediários (eles podem ter pedidos mais urgentes a atender). é possível – desejável até – manter um fiapo de esperança, só não convém abusar.
parece pessimismo, mas talvez seja o oposto. quando não criamos expectativa em torno do que nos escapa ao controle, precisamos encontrar um meio de chegar ao resultado desejado. só uma coisa cai do céu de mão beijada: a chuva. todo o resto é fruto de algum esforço; se não o seu, o de alguém (portanto, pouco provável que botem a azeitona na sua empada).
não é fácil, mas se faz necessário encontrar o equilíbrio entre a tola esperança e a expectativa realista; nem tanto poliana moça (e sua positividade tóxica), nem tanto hiena hardy (oh, céus, oh vida, oh azar). como o remédio e o veneno, o segredo é a dose.
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enquanto eu não volto...
você pode aproveitar para curtir estas dicas:
💿 funk generation, de anitta
📰 meu primeiro amor, de josé eduardo agualusa
por hoje é só. até mais!
esse texto caiu do céu (rs) nesse momento. controlar as expectativas e me guiar por ações que concretizem os meus desejos têm sido A pauta da minha vida nessas últimas semanas.
Concordo! Sonhar e correr, mas com o pé na realidade.